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Amigdalite: conheça as causas e sintomas

  • Dia 16 de outubro de 2018
Durante o inverno os sintomas da amigdalite são mais comuns. Durante esse período o ar está mais seco e há maior aglomeração de pessoas em ambientes fechados, facilitando a entrada de vírus e bactérias pelas vias aéreas

Amigdalite é a inflamação das amígdalas, espécie de gânglios linfáticos localizados na região lateral da garganta. As amígdalas são tecidos linfóides, isto é, fazem parte do sistema imunológico responsável por ajudar na proteção do corpo, reduzindo os riscos de processos infecciosos, uma vez que são responsáveis por produzir um exército de defesa.

Durante o inverno os sintomas da amigdalite são mais comuns. Durante esse período o ar está mais seco e há maior aglomeração de pessoas em ambientes fechados, facilitando a entrada de vírus e bactérias pelas vias aéreas. Na maioria dos casos a doença é causada por vírus, porém pode ser causada por bactérias e outros fatores desconhecidos.

TIPOS

Podemos classificar, de forma geral, as amigdalites quanto aos agentes infecciosos, cujos principais  são vírus e bacterias. Entenda cada uma:

Amigdalite viral: é desencadeada por vírus, causa  mais comum dentre os casos de amigdalite. A doença pode ser causada pelos seguintes agentes virais:

  • Adenovírus: muito comum em resfriados;
  • Rhinovirus: responsável mais comum pelas infecções virais em humanos;
  • Influenza: causador da gripe;
  • Coronavírus: causador da Síndrome Respiratória Aguda Grave;
  • Vírus Epstein Barr: causador da Doença do Beijo (mononucleose infecciosa);
  • Vírus sincicial respiratório: causador comum de várias infecções do trato respiratório;
  • Citomegalovírus:  pertencentes à família do herpes-vírus, que causa a herpes labial ou genital.

Amigdalite bacteriana: é causada por bactérias, sendo a Streptococcus pyogenes, que pertencente ao grupo A dos estreptococos,  a mais comum. A doença também pode ser causada por outras bactérias, como:

  • Staphylococcus aureus;
  • Mycoplasma pneumoniae;
  • Chlamydia pneumoniae;
  • Bordetella pertussis;
  • Fusobacterium sp.;
  • Neisseria gonorrhoeae.

Além disso, a doença também é classificada em dois subtipos, que estão ligados ao tempo de duração e sintomas. A amigdalite aguda, com duração de até 3 meses, bem como a amigdalite crônica, com duração maior que 3 meses ou de forma mais recorrente, causa dor de garganta, mau hálito e nódulos cervicais persistentes.

SINTOMAS

A dor de garganta é o sintoma mais característico da amigdalite,  além dele, outros diversos sintomas pode caracterizar a doença. Os mais comuns são:

  • Dor ao engolir;
  • Amígdalas inchadas e vermelhas;
  • Dor de cabeça;
  • Cansaço;
  • Calafrios;
  • Mau hálito
  • Mal estar;
  • Febre;
  • Tosse;
  • Rouquidão;
  • Manchas brancas com pus nas amígdalas;
  • Inchaço dos gânglios localizados no pescoço;
  • Dor nas orelhas e/ou no pescoço;
  • Perda de peso;
  • Dificuldade na ingestão de alimentos e/ou líquidos;
  • Dificuldade para dormir.

Outros sintomas são menos comuns, mas também podem aparecer. São eles:

  • Náuseas e vômitos;
  • Fadiga;
  • Dor de estômago;
  • Língua “peluda”;
  • Dificuldade em abrir a boca;
  • Perda de apetite;
  • Ansiedade e/ou medo de sufocar.

A amigdalite é uma doença contagiosa, especialmente a do tipo viral, isso coloca em risco todas as pessoas e aumenta a chance de proliferação. A transmissão é feita pelo contato com a saliva infectada. Diante disso, é importante que na aparição dos sintomas da doença, o paciente procure um médico para obter um diagnóstico e começar o tratamento. Na CEOL Otorrino, os médicos otorrinolaringologistas estão sempre preparados para auxiliar na recuperação do paciente.

DIAGNÓSTICO

Quando sintomas da amigdalite — como a dor de garganta —, começam a incomodar o paciente, o ideal é buscar um diagnóstico junto a um médico otorrinolaringologista.

O diagnóstico é feito através da análise clínica e exames complementares. Na análise clínica o médico otorrinolaringologista analisa os sintomas apresentados e/ou descritos pelo paciente. É feita a observação da garganta do paciente com auxílio de alguns instrumentos, tais como avaliação de cavidade oral pela videolaringoscopia rígida/flexivel, que dimensiona extensão de inflamação/infecção em via aérea superior; palpação de pescoço e avaliação  da presença de gânglios aumentados.

Por fim, o médico também pode solicitar exames de sangue para analisar as condições de comprometimento sistêmico. Há o teste rápido contra faringotonsilites estreptocócicas, direcionando o tratamento e evitando o uso indevido de antibióticos causados especificamente por este agente. Ressaltando que nenhum exame complementar é superior aos achados do exame físico e historia clínica.    

TRATAMENTO

Seja a amigdalite viral ou bacteriana, os cuidados recomendado para os paciente são os mesmo. São eles:

  • Repouso: durante o descanso o corpo trabalha para combater a infecção;
  • Hidratação: a ingestão de líquidos faz com que a garganta não fique seca e se torne menos desconfortável;
  • Água e sal: fazer gargarejo com a solução ajuda a melhorar o desconforto;
  • Umidade: umidificadores de ar podem remover a irritação que o ar seco provoca;
  • Evitar substâncias tóxicas: fumaça do cigarro.

Além disso, o médico também pode prescrever o uso de anti-inflamatórios, e  nos casos de infecção bacteriana, antibióticos podem ser receitados para eliminar o agente causador do organismo com maior eficácia, desde que haja sugestão de quadro de origem bacteriana. Seguindo esses cuidados da maneira correta, os sintomas podem desaparecer entre 2 ou 3 dias.

Para os pacientes que apresentam amigdalite crônica ou recorrente, é recomendado avaliar o benefício da remoção das amígdalas, também conhecida por amigdalectomia. O procedimento cirúrgico dura entre 30 a 45 minutos e é realizado sob anestesia geral. O paciente geralmente recebe alta no dia seguinte, e deve ficar em casa por 7 a 10 dias, a fim de se recuperar totalmente. A ocorrência de uma dor de garganta de intensidade variável é normal durante a recuperação, para aliviar essa dor o médico responsável pode indicar analgésicos e anti-inflamatórios. Ressalta-se que a cirurgia não permitirá mais que o paciente seja acometido de amigdalites, mas eventualmente haverá incomodo na garganta ou episódios infecciosos/inflamatorios podem ocorrer, uma vez que há outros tecidos presentes na cavidade oral.

É importante ter um diagnóstico e realizar o tratamento adequado junto a um médico otorrinolaringologista. Na CEOL Otorrino o paciente encontra os melhores especialistas para obter um diagnóstico assertivo e com indicações aos melhores tratamentos para a amigdalite.  

Algumas atitudes  do paciente também ajudam a prevenir e evitar a proliferação da doença. São elas:

  • Cobrir a boca ao tossir;
  • Lavar bem as mãos antes de manusear algo ou após usar o banheiro;
  • Não compartilhar itens de uso pessoal, como copos, talheres, toalhas, etc.

Nos casos de aparecimento dos sintomas de amigdalites, procure um médico o mais precoce possível.

Cuide da sua saúde. Marque uma consulta na CEOL Otorrino.

Texto produzido sob orientação da médica da Clínica CEOL Dra. Larissa Macedo de Camargo CRM/DF 16.425